domingo, 29 de abril de 2012

Verdadeira Compaixão.

Quando resolveu contar histórias para crianças em hospitais, como voluntário da associação Viva e deixe viver, aquele desembargador teve de superar a si mesmo.
No dia escolhido para seu turno, na ala de queimados de um grande hospital de São Paulo, ele colocou seu nariz de palhaço, ajeitou seu avental colorido e enfrentou a forte visão das crianças com queimaduras.
Foi um grande choque. Porém, em poucos minutos, ele já estava solto.
Sabia que sua maneira de exercitar a compaixão ali era dar alegria a quem estava mergulhado no sofrimento.
O que ele não podia, naquele momento, era sentir dó, piedade, peninha. Por isso riu e arrancou muitos sorrisos, com as histórias que contou.
Foi um verdadeiro sucesso. Quando estava quase saindo, sentiu um puxão no seu avental. Era um menino de uns cinco anos, com o rosto quase totalmente envolto por bandagens e esparadrapos.
O garoto fez um sinal para o desembargador se inclinar e disse bem baixinho no seu ouvido: Tio, pode não parecer, mas eu estou rindo...
Aí não teve jeito, algo se desmanchouem seu coração. Percebeu que ele se tornou mais terno, mais terno, e perdeu um pouco sua carapaça habitual de dureza.
Como não preenchê-lo de amor por aquela criança vivendo condições tão difíceis?
*   *   *
O sentimento da compaixão é mesmo um transbordamento amoroso. Como as lágrimas, que rolam dos olhos por causa da emoção, ela transborda diretamente do coração, só que em direção ao mundo.
Quando sentimos pena, olhamos de cima para baixo, evitando o envolvimento com a situação ou com o outro.
Quando vivemos a compaixão, olhamos de lado, de dentro e nos sentimos responsáveis, comprometidos com o outro.
A verdadeira compaixão tem por base o raciocínio de que todo ser humano tem o desejo inato de ser feliz e de superar o sofrimento, exatamente como nós.                    
E, exatamente como nós, o outro tem o direito de realizar essa aspiração fundamental.
O filósofo André Comte Sponville esclarece que compartilhar o sofrimento do outro não é aprová-lo nem compartilhar suas razões, boas ou más, para sofrer.
É recusar-se a considerar um sofrimento, qualquer que seja, como um fato indiferente. E um ser vivo, qualquer que seja, como coisa.
Os grandes missionários da Terra, aqueles que se dedicaram ao próximo de forma intensa, foram grandes exemplos dessa compaixão, pois não cederam à indiferença.
Não suportaram ver o sofrimento alheio sem fazer nada a respeito e se atiraram a tarefas grandiosas de abnegação e coragem pelo mundo.
A compaixão é dinâmica, atuante e vibrante.
Eis mais uma virtude que podemos aprender. Mais um tesouro escondido na alma que precisa ser descoberto.
*   *   *   
Deixai que o vosso coração se enterneça ante o espetáculo das misérias e dos sofrimentos dos vossos semelhantes.
Vossas lágrimas são um bálsamo que lhes derramais nas feridas e, quando, por bondosa simpatia, chegais a lhes proporcionar a esperança e a resignação, que encanto não experimentais!
   
 Redação do Momento Espírita, com base em matéria de autoria de Liane Alves, da revista Vida simples, de novembro de 2007 e no cap. Compaixão, do livro Pequeno tratado das grandes virtudes, de André Comte Sponville, ed. Martins Fontes.
Em 25.04.2012

sábado, 28 de abril de 2012

Deixa a Raiva Secar

 

Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá,
todo azulzinho, com bolinhas amarelas.
No dia seguinte, Julia sua amiguinha, veio bem cedo convida-la para brincar.
Mariana não podia porque ia sair com sua mãe naquela manha.
Julia, então, pediu a coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá,
para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio.
Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga, resolveu ceder,
fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme pôr aquele brinquedo tão especial.
Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada,
ao ver o seu conjuntinho de chá jogado no chão.
Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada.
Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou: Esta vendo, mamãe, o que a Julia fez comigo?
Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão.
Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria,
ir ao apartamento de Julia pedir explicações.
Mas a mamãe, com muito carinho, ponderou:
- Filhinha, lembra daquele dia quando você saiu,
com seu vestido novo todo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa?
Ao chegar a sua casa você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó não deixou.
Você lembra do que a vovó falou? Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro.
Depois ficava mais fácil limpar. Pois e, minha filha! Com a raiva e a mesma coisa.
Deixa a raiva secar primeiro. Depois fica bem mais fácil resolver tudo.
Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu ir para a sala ver televisão.
Logo depois alguém tocou a campainha.
Era Julia, toda sem graça, com um embrulho na mão.
Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando:
- Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atras da gente?
Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei.
Ai ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado.
Quando eu contei para a mamãe ela ficou preocupada,
e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você.
Espero que você não fique com raiva de mim.
Não foi minha culpa.
Não tem problema, disse Mariana, minha raiva ja secou.
E, tomando a sua coleguinha pela mão,
levou-a para o quarto para contar historia do vestido novo que havia sujado de barro.
(Gotas de Paz)

Raiva ,faz mal a saúde.

                                 Há pessoas que se comprazem em sentir raiva. Agem como se esse
sentimento fosse algo bom. Chegam a dizer que a raiva lhes dá força.
Quanto engano em cultivar algo tão pernicioso à alma e ao corpo.
O sentimento de raiva leva a uma perda de energia,
causando muitos transtornos ao corpo físico e à mente.
Geralmente aquele que sente raiva sente-se mal,
tem dores pelo corpo, dor no estômago, dores de cabeça,
enfim, tudo o que lhe retira a vitalidade e a alegria de viver.
Então por que cultivar um sentimento tão ruim dentro de si? 
Pare e pense: você quer viver bem ou mal?
Não se esqueça de que a raiva é um veneno que criamos
e ingerimos esperando que cause mal ao outro,
mas sabendo que os maiores prejudicados seremos nós mesmos.
Então, que tal mudar esse sentimento, esquecendo e perdoando,
mantendo a calma e a serenidade? Tenha a certeza de que
só terá a ganhar com essa atitude
(Gotas de Paz)

Opção pela Vida.

Nos atuais dias turbulentos aumentam, assustadora e consideravelmente, os números dos indivíduos que se negam a viver, a enfrentar os desafios e as dificuldades, fugindo por meio da ingestão de drogas alucinógenas, do álcool, dos excessos desvigorantes, ao prosseguimento da existência corporal.
Ao lado desses programas de autodestruição, surgem os casos dos suicídios psicológicos, nos quais as suas vítimas se enredam nas teias da depressão, da paranóia, da psicose, da esquizofrenia, sem valor moral para enfrentar os problemas e dificuldades
que fazem parte da vida.
O suicídio é o ato sumamente covarde de quem opta por fugir, despertando em realidade mais vigorosa, sem outra alternativa de escapar.
A vida não se consome na morte física e o fenômeno biológico não é a expressão real do ser.
Como conseqüência, o ex-suicida reencarnado sempre traz as matizes do crime perpetrado, sofrendo continua tentação de repetir o delito, quando defrontado por dificuldades de qualquer natureza.
É cômodo e trágico fugir psicologicamente da vida, jamais o conseguirão realmente.
Por outro lado, aparecem indivíduos que se aferram aos objetivos que se lhe representam como vida: amar apaixonadamente alguém, cuidar de outrem, dedicar-se a um labor, a uma tarefa artística ou não, a um ideal ou à abnegação, e que, concluída a motivação, negam-se a viver, matando-se emocionalmente e sucumbindo depois…
“Quem se considera livre para morrer, assume um compromisso com
a liberdade para viver”.
Joanna de Ângelis
http://planetaazul.ning.com/

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A Transição Planetária por Suely Caldas Schubert.



Para nossas reflexões, leiamos este texto da confreira  Suely Caldas Schubert
Queridos amigos, estas são reflexões imprescindíveis, que todos nós, espíritas, comprometidos com a divulgação e vivência dos ensinamentos do Espiritismo, necessitamos fazer, compreendendo que estamos sendo convocados, diretamente, para contribuir com o processo de regeneração da Humanidade. 
Minha proposta aos queridos amigos é a de observarmos mais atentamente a mensagem-revelação do Espírito Órion., contida no livro Transição Planetária.
Ressaltarei desse capítulo, que é o terceiro, os pontos referentes à convocação que é feita pelo emissário que veio de uma das Plêiades (constelação do Touro), especialmente a nós, espíritas.
Inicialmente apresento algumas considerações.
O livro Transição Planetária, lançado em setembro de 2010, a meu ver, é a obra mediúnica mais importante dos últimos tempos ao abordar o grandioso processo da renovação planetária, conforme está predito, e como isso se realizará, para que a Terra alcance o patamar da regeneração.
Jesus, no Sermão profético (Mt c.24 e 25; Mc c.13; Lc 21:5-36) fala do "princípio das dores" e da "grande tribulação".
Em O Livro dos Espíritos, em resposta à questão 1019 proposta por Allan Kardec, o Espírito São Luís elucida, com muita clareza, o que deverá ocorrer para que o bem reine na Terra. Também em A Gênese, cap. XVIII, Kardec aprofunda os esclarecimentos com relação à grande transformação moral e espiritual do planeta.
Na magnífica obra mediúnica Há dois mil anos, (FEB, 1939), Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier, relata no cap. VI da segunda parte, intitulado "Alvoradas do reino do Senhor", o discurso de Jesus (texto que divulguei há mais de 3 anos para os nossos grupos), quando recepcionava um grupo de mártires sacrificados no circo romano. Segundo Emmanuel, o Mestre fez naquele momento sublime, "a exposição de suas profecias augustas". Nessa importante profecia – recordemos que isto aconteceu há dois mil anos –encontramos detalhes de como se dará a transição, que ora está em curso.
No ano de 1948, a FEB lança o livro Caminho, verdade e vida, de Emmanuel/Chico Xavier, em cujo capítulo 140, intitulado "Para os montes", o autor espiritual tece comentários sobre um dos versículos do Sermão profético, conforme Mt 24:16. O texto é notável pois traça um panorama - àquela época –do que estamos vivendo hoje.
Recentemente, a Mentora Joanna de Ângelis, através de Divaldo Franco, divulga a mensagem intitulada "A Grande transição", (livro Jesus e Vida, LEAL, 2007) excelente esclarecimento sobre o tema que estou enfocando. Interessante assinalar que esta mensagem foi transmitida, penso eu, como preparação para o livro Transição Planetária, que é o objeto de nossas reflexões.
Todos os textos acima evidenciam que a importante contribuição do querido Benfeitor Manoel Philomeno de Miranda, está doutrinariamente fundamentada nas obras citadas.
A obra Transição Planetária, traz, portanto, minuciosos esclarecimentos acerca do processo da regeneração do planeta Terra. Sendo assim é imprescindível que todos os que estarão recebendo essas reflexões estejam em dia com a leitura desse livro. E quem já leu releia...
A seguir, observemos o trecho em que Órion esclarece a vinda de milhares de Espíritos da mesma Esfera ao qual pertence que, inicialmente, estarão se dirigindo às comunidades espirituais (que são denominadas entre nós de 'colônias espirituais') que estão próximas à Terra, expondo o grandioso programa ,"de forma que, unidos, formemos uma só caravana de laboriosos servidores, atendendo as determinações do Governador terrestre, o Mestre por excelência."
"De todas essas comunidades (colônias espirituais) seguirão grupos espirituais preparados para a disseminação do programa, comunicando-se nas instituições espíritas sérias e convocando os seus membros à divulgação das diretrizes para os novos cometimentos.
Expositores dedicados e médiuns sinceros estarão sendo convocados a participarem de estudos e seminários, para que seja desencadeada uma ação internacional no planeta, convidando as pessoas sérias à contribuição psíquica e moral em favor do novo período."
É importante que leiam todo o capítulo e que atentemos para as advertências que Órion transmite. Claro que os testemunhos acontecerão, como podemos imaginar.
Na parte final da mensagem ele afirma : " O modelo a seguir permanece Jesus, e a nova onda de amor trará de retorno o apostolado, os dias inesquecíveis das perseguições e do martirológio que, na atualidade, terá características diversas, já que não se podem matar impunemente os corpos como no passado..."
Queridos amigos, agora já sabemos.
A sintonia com essa programação depende de cada um, desde que aceite participar. Mas penso que estamos, vibratoriamente e honrosamente, engajados nesse nobre propósito.
Como diz Joanna, a amorável Benfeitora de todos nós:
"Aclimatados à atmosfera do Evangelho, respiremos o ideal da crença...
E unidos uns aos outros, entre os encarnados e com os desencarnados, sigamos.
Jesus espera: avancemos! (Após a tempestade. cap. 24)

Juiz de Fora, 18 de janeiro de 2011
Suely Caldas Schubert
"Irmãos de Luz"

Uma Boa Palavra.

No teu relacionamento diário com as pessoas, não te esqueças de endereçar-lhes sempre uma boa palavra.
A palavra de esperança é uma luz que se acende no caminho dos companheiros que se revelam vacilantes na luta.
A palavra de coragem é um apoio para os que necessitam seguir adiante no desempenho das próprias obrigações.
A palavra de compreensão não raro, é mais eficaz que o medicamento prescrito pela medicina convencional aos que se queixam de amargura e desalento.
A palavra de incentivo aos que se dedicam às boas obras, pode ser comparada a preciosa alavanca que guarda consigo o poder de remover as pedras de tropeço.
Não olvides, assim, os prodígios de amor que podes realizar através de uma boa palavra e promova, desde agora, rigorosa triagem nos assuntos ventilados por teu verbo.
Falando, construirás a felicidade ou , ainda falando, arrasarás com os ideais de muita gente.
Fala como se trouxesses Jesus no entendimento e no coração e a tua palavra, em todas as ocasiões, brilhará em teus lábios à feição de uma estrela engastada no céu de tua boca.

Tesouro de Luz.

Nem sempre disporás da finança precisa para solver problemas ou extinguir aflições. Ninguém está impedido, entretanto, de acumular o tesouro de luz da esperança no próprio coração. Ninguém que não possa engajar-se nessa empresa de investimentos divinos. Todos necessitamos de semelhante apoio para viver e todos nos achamos habilitados a ministrá-lo, a fim de que os outros vivam.
Julgamos freqüentemente que a esperança seria providência apenas em auxílio dos últimos na retaguarda humana. No entanto, não é assim. As vítimas de frustração, tristeza, desequilíbrio ou desalento estão em todos os lugares.
Arma-te de compreensão e bondade para esparzir esse recurso de refazimento e renovação. Para isso, comecemos por omitir pessimismo e perturbação em todas as manifestações que nos digam respeito.
Os necessitados dessa luminosa moeda, a expressar-se por bênção de energia, se te revelam em todos os lances da experiência comum.
Emergem dos vales de penúria, onde podes estendê-lo em forma de socorro assistencial; entretanto, surgem muito mais do próprio campo de ação em que transitas e das cúpulas da organização social em que vives.
Doarás a todos os aflitos que te procurem semelhante amparo, a fim de que a força de realizar e de construir não se lhes esmoreça na vida.
Falarás de coragem aos que se fixaram no medo de servir, de perdão aos que se imobilizaram no ressentimento, de confiança aos tristes, de perseverança aos fracos, de paz aos que tombaram na discórdia e de amor aos que se reconheceram atirados à solidão.
* * * * *
Nem sempre lograrás ajudar com possibilidades monetárias --- repitamos --- mas, raciocinando com a bênção da caridade, podes ainda hoje entrar nas funções de poderosa usina distribuidora de otimismo e de fé. Não percas o ensejo de investir felicidade com esse tesouro de luz e amor porquanto, em verdade, onde não mais exista esperança desaparece o endereço da paz.
   Encontro de Paz- Chico Xavier.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Valei-vos da Luz.




“Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem.” - Jesus. (JOÃO, CAPÍTULO 12, VERSÍCULO 35.)

O homem de meditação encontrará pensamentos divinos, analisando o passado e o futuro.
Ver-se-á colocado entre duas eternidades — a dos dias que se foram e a que lhe acena do porvir.
Examinando os tesouros do presente, descobrirá suas oportunidades preciosas.
No futuro, antevê a bendita luz da imortalidade, enquanto que no pretérito se localizam as trevas da ignorância, dos erros praticados, das experiências mal vividas. Esmagadora maioria de personalidades humanas não possui outra paisagem, com respeito ao passado próximo ou remoto, senão essa constituída de ruína e desencanto, competindo-as a revalorizar os recursos em mão.
A vida humana, pois, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contacto com o serviço de que necessitais para a ascensão justa. Nesse abençoado ensejo, é possível resgatar, corrigir, aprender, ganhar, conquistar, reunir, reconciliar e enriquecer-se no Senhor.
Refleti na observação do Mestre e apreender-lhe-eis o luminoso sentido. Andai enquanto tendes a luz, disse Ele.
Aproveitai a dádiva de tempo recebida, no trabalho edificante.
Afastai-vos da condição inferior, adquirindo mais alto entendimento.
Sem os característicos de melhoria e aprimoramento no ato de marcha, sereis dominados pelas trevas, isto é, anulareis vossa oportunidade santa, tornando aos impulsos menos dignos e regressando, em seguida à morte do corpo, ao mesmo sítio de sombras, de onde emergistes para vencer novos degraus na sublime montanha da vida.
Fontes:
Do livro Pão Nosso;
auxíliofraternidade.com.br.

O Próximo.

Procure compreender as dificuldades do próximo.
Não conserve ressentimentos.
Desculpe ofensas, sejam quais sejam, colocando os assuntos desagradáveis no esquecimento.
Trabalhe quanto puder, tornando-se útil quanto possível.
Mobilize o tempo de que disponha no serviço aos Semelhantes.
Adote a simplicidade por clima de Paz.
Continue aprendendo sempre.
Esqueça você mesmo, criando alegria para os outros.
Viva em Paz com a própria consciência e deixe que os Companheiros vivam a existência deles próprios.
Cultive a paciência sem ansiedade e, procedendo com os Semelhantes,
como estima que com você procedam, estará sempre no caminho da verdadeira Felicidade.
André Luiz

Portal para o Triunfo.


Portal para o triunfo
A morte, sempre detestada, especialmente quando chega interrompendo a infância e a juventude, ou mesmo quando se encarrega de arrebatar os afetos que constituem estímulos à luta e exemplos de coragem e dignidade, prossegue incompreendida e malsinada.
Anelada pelos desesperados, que esperam com o seu concurso encerrar a existência que se lhes apresenta como desfavor ou castigo, é evitada, a todo custo, pelos que desfrutam das alegrias e dos prazeres, transferindo-a para um futuro que esperam não seja alcançado rapidamente.
Frutos do materialismo ambos os comportamentos, ou da pobreza religiosa que não dispõe de recursos para assegurar a confiança na imortalidade, a desencarnação permanece como um grande enigma para os viandantes da esfera carnal.
Envolta em mistério pela tradição cultural de muitos povos, ou significando gesto de estoicismo e de valor, na expectativa de recompensas no Além, surge, no suicídio, como um recurso valioso para a glória daquele que se permite a covarde fuga dos elevados compromissos, especialmente quando esse gesto tem caráter religioso ou político, ceifando outras vidas...
O terrorismo internacional encontrou nesse terrível engano, o gatilho para destruir existências louçãs, estimulando o crime hediondo, mediante falsas promessas de júbilos e de prazeres inexcedíveis no mundo espiritual, como se o suicídio ampliado em homicídio merecesse recompensa ao invés de punição.
A morte, no entanto, é o encerramento da injunção biológica, nas suas sucessivas transformações, colocando reticências numa fase do processo da vida, ao tempo que faculta a abertura de um portal pra o triunfo na imortalidade.
É compreensível que se busque aproveitar ao máximo a oportunidade carnal, ampliando o tempo e as condições favoráveis à existência planetária, tendo-se, porém, na mente que, por mais se prolongue esse périplo, momento surgirá em que será naturalmente interrompido, graças aos mais diferentes fatores que lhe sejam a causalidade.
A vida certamente não gastaria mais de dois bilhões de anos para organizar as moléculas desde as mais primárias até os complexos mecanismos cerebrais como os de outros órgãos, para, num determinismo trágico, logo as destruir, aniquilando-as nas suas transformações químicas e biológicas.
Desse modo, a morte é um portal de acesso a outra dimensão de onde a vida se originou, a fim de ser realizado um objetivo adrede estabelecido que é o aperfeiçoamento intelecto-moral do Espírito, na busca da plenitude.
Desagregam-se as partículas e reoganizam-se, incessantemente, obedecendo a leis desconhecidas que lhes trabalham a essência dentro de uma programação clara a e lógica denominada vida.
Por que o ser humano deveria aniquilar-se, quando os fatos comprovam amiúde a sua sobrevivência?
Para aqueles que somente veem o lado hedonista da existência, o ideal seria que a morte lhes significasse o término de todos os esforços e lutas, anulando-os no nada. Como, porém, o nada não existe, não passa de uma concepção existencialista sem qualquer fundamento científico...
Morte, portanto, é prosseguimento da vida.
* * *
A angústia provocada pela morte de um ser querido é compreensível e justa, em razão da ruptura dos liames da afetividade firmada na convivência, no contato físico, na estruturação do grupo social. Não, poucas vezes, transforma-se em desalento, perda de sentido existencial daquele que fica no corpo, empurrando-o para os transtornos graves da depressão...
Nada obstante, cultivada a certeza do prosseguimento da vida, a saudade é substituída pela esperança do reencontro, das evocações felizes que devem preencher os espaços vazios e a ternura de todos os momentos ditosos, transformando-se em estímulo para as ações dignificantes em memória daquele que viajou antecipadamente....
A morte é, portanto, um fenômeno natural e abençoado que encerra largos processos de sofrimento, de desvitalização, de perturbações emocionais e mentais, de enfermidades degenerativas e dolorosas, alargando os horizontes da vida em novos mecanismos antes adormecidos.
Vivendo-se num universo onde tudo se transforma em incessantes mecanismos de energia vigorosa, o ser humano é o resultado da mais avançada tecnologia transcendental, elaborado por Deus e pelos Seus excelsos programados da vida, a fim de que alcance o nível de luminosidade, num retorno à Causa que o originou.
O essencial é viver-se no corpo com todo o respeito pela sua organização e pelos mecanismos emocionais e mentais, intelectualizando a matéria, que se tornará menos densa e penosa no processo de evolução.
Todos os desafios e incertezas, dificuldades e problemas constituem instrumentos pedagógicos que promovem o progresso, ensejando o conhecimento libertador da ignorância, ao mesmo tempo facultando a edificação dos sentimentos superiores em direção a todas as criaturas.
Uma existência humana é grande investimento da Divindade que a elaborou, tendo por meta o seu crescimento moral e espiritual, na superação dos atavismos do comportamento inicial, para alcançar os patamares sublimes da perfeição relativa que lhe está destinada desde o começo.
Os instintos, que são uma forma de inteligência embrionária, alcançarão o nível de sentimentos edificantes, deixando, à margem, as paixões primitivas e defensivas para permitir que o amor reine soberano em todos os seus pensamentos e atos.
Viver, pois, no corpo, não é apenas experienciar-lhe as sensações básicas e primárias; sobretudo, é vivenciar os sublimes sentimentos da paz e da fraternidade que devem viger entre todos os seres humanos.
Tarefa ingente e inadiável essa, convocando todos ao esforço da transformação moral para melhor, num infatigável trabalho de autoiluminação.
Eis porque o Espiritismo propõe o sentido psicológico da existência humana, que pode ser reduzido a três fatores essenciais: o amor em todos os seus aspectos, o trabalho de dignificação pessoal e da sociedade, e, por fim, a transformação de qualquer tragédia ? mortes prematuras, processos de injustiça, doenças irreversíveis, dificuldades econômicas e acontecimentos infelizes ? em triunfo pessoal no largo jornadear pelas sinuosas estradas físicas, como prescrevia o admirável psiquiatra austríaco Viktor Frankl.
Desse modo, quando ocorre a morte, de maneira alguma será interrompido o processo de crescimento do Espírito, tornando-se um renascimento em outra dimensão, qual sucede com a reencarnação, que pode ser considerada como uma forma de morte no arcabouço material.
* * *
Não te desesperes ante o falecimento de um ser querido, que parece haver-te abandonado...
Ele viajou de retorno ao Grande Lar, onde te aguarda com ternura e gratidão.
Se foste feliz ao seu lado, recorda-te de todos os momentos de júbilo e envolve-o em evocações afetuosas e de gratidão. Nada obstante, se foi causa de muitos padecimentos, agradece a Deus a felicidade de haveres resgatado os teus débitos para com ele, e prossegue adiante firmado em valores positivos de homenagem à vida.
Tudo vibra, tudo vive, e o ser humano jamais morre.
Joanna de Ângelis.
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, no dia 7 de junho de 2011, na residência de Josef Jackulak, em Viena, Áustria.
Em 27.01.2012

Gentilezas Salvadoras.






Gentilezas Salvadoras
Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas
nunca se desmente: é o mesmo, tanto em sociedade, como na intimidade.
(Alan Kardec. E.S.E. Cap. IX. Item 6.)



Quando você afasta do piso uma casca de fruta deixada pela negligência de alguém, não pratica apenas um ato de gentileza. Evita que algum desavisado escorregue, sofrendo tombo violento.
*
Ao ceder o lugar no transporte coletivo a um ancião, você não realiza um gesto de cortesia somente. Atende a um corpo cansado, poupando as energias de quem poderia ser seu genitor.
*
Se você oferece braço moço à condução de um volume, poupando aquele que o carrega, não pratica unicamente uma delicadeza. Contribui fraternalmente para o júbilo de alguém que, raras vezes, encontra ajuda.
*
Portando a boa palavra em qualquer situação, você não atende exclusivamente à finura do trato. Realiza entre os ouvintes o culto do verbo são, donde fluem proveitosos e salutares ensinamentos.
*
Silenciando uma afronta em público, você não atesta apenas o refinamento social. Poupa-se à dialogação violenta, que dá margem a ódios irremediáveis.
*
Se você oferece agasalho a algum desnudo, não só atende à delicadeza humana, por filantropia. Amplia a cultura da caridade pura e simples.
*
Ao sorrir, discretamente, dando ensejo a um desafeto de refazer a amizade, você não age tão-somente em tributo à educação. Apaga mágoas e ressentimentos, enquanto "está no caminho com ele".
*
Procurando ajudar um enfermo cansado a galgar e vencer dificuldades, você não procede imbuído apenas de gentileza. Coopera para que a vida se dilate no debilitado, propiciando-lhe ensejos evolutivos.
*
Atendendo impertinente criança que o molesta, num grupo de amigos, você não se situa só na formosura da conduta externa. Liberta um homem futuro de uma decepção presente.
No exercício da gentileza, a alma dilata recursos evangélicos e vive o precioso ensino do Mestre ao enfático doutor da lei, com afabilidade e doçura, quando Ele afirmou: "Vai e faze o mesmo!".
* * *
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Glossário Espírita-Cristão.
Ditado pelo Espírito Marco Prisco.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Nossos Maiores Adversários.

Os dez maiores obstáculos que dificultam
a jornada diária dos espíritas.
1- A Língua- Quando dela se utiliza para
apontar faltas alheias.
2- Os olhos- Para medir os centímetros que a
vaidade pode reparar nos semelhantes.
3- O Pensamento- No instante que vagueia
solto sem o cabresto da disciplina.
4- O Desanânimo- Congelador natural
das melhores intenções.
5- A Vingança- Arremessadora das farpas
mentais de alcance e consequêcias imprevisíveis.
6- A Desconfiança- Na razão que desconhece
o semelhante que procura trabalhar incessantemente
a favor dos outros.
7- O medo- Se nos isolarmos no remorso sem
procurar avançar apesar dos obstáculos.
8- A “- Fofoca “- Na medida que acreditamos
e julgamos saber mais da vida alheia que da nossa.
9- O Orgulho- Ao patrocinarmos a divisão entre
as pessoas e colocarmos o personalismo
acima da fraternidade.
10- O- Egoísmo- Com a intenção de buscarmos
o privilégio, acreditando que Deus nos elegeu
como criatura superior às demais.
Analisando nossas maiores dificuldades intimas,
chegamos a conclusão que elas se encontram
dominadas pelas próprias imperfeições e escondidas
diante de nossa consciência.
Qualquer exame mais apurado à luz do
Cristianismo Redivivo nos convidará a exercer
a caridade do alto-aperfeiçoamento para
a erradicação delas.
(Autor Desconhecido- Site: Caminho Fraterno.)

Obreiros da Vida Eterna


Esta obra nos fornece notícias das zonas da erraticidade que envolvem a crosta terrestre. O Espiritismo comprova que ningém morre e o aperfeiçoamento continua em toda a parte.

Mostra que a morte não modifica o homem de forma milagrosa. Ele é fruto de si mesmo no cumprimento das leis divinas, buscando equilíbrio e evolução.

Analisa as experiências dos Espíritos na vida que continua no plano espiritual, com suas instituições templos e lares.

Apresenta o trabalho dos obreiros de Jesus na assistência cristã, lutando contra as trevas, aliviando os sofrimentos, renovando as criaturas.

Demonstra que a morte não acaba com a colaboração amiga, o amparo mútuo, a intervenção confortadora, o serviço evolutivo.

André Luiz, nesta obra, ao nos mostrar as diferentes regiões em que estacionamos desencarnados, comprova a tese de Kardec sobre a existência da erraticidade, onde demoram os seres desencarnados, vivendo uma nova vida e preparando­-se para a volta à jornada terrena.

Esclarece, ainda, sobre as diferentes zonas que envolvem a crosta terrestre, comentando os quadros emocionais, assentados nas eternas Leis Divinas que definem a organização de justiça, ordem e equilíbrio.

É um retrato do bem e do mal, em interação no Além e entre a crosta terrestre e a erraticidade.
Engajado no trabalho de assistência e socorro espiritual, o Autor agora integra uma nova equipe de benfeitores, ligada a uma instituição de socorro denominada "Casa Transitória". "Trata-se de uma grande instituição piedosa, no campo de sofrimentos mais duros em que se reúnem almas recém-desencarnadas, nas cercanias da Crosta Terrestre, a qual, segundo nos informou o chefe da expedição, fora fundada por Fabiano de Cristo, devotado servo da caridade entre antigos religiosos do Rio de Janeiro, desencarnado há muitos anos." (capítulo IV).Nessa Instituição, ao tempo em que auxiliava no trabalho de socorro, André Luiz prosseguiu seus estudos sobre a vida no outro mundo. Participou de expedições nas zonas inferiores do plano espiritual e na Terra, sempre no trabalho de socorro aos necessitados. Atendendo ao seu desejo de aprofundar seus conhecimentos, sempre aproveitava a experiência colhida com o trabalho para desenvolver os estudos e transmitir seus ensinamentos.

"GEAL"

domingo, 22 de abril de 2012

Fluidos Espirituais.


Os fluidos espirituais, que constituem um dos estados do fluido cósmico universal, são, a bem dizer, a atmosfera dos seres espirituais; o elemento donde eles tiram os materiais sobre que operam; o meio onde ocorrem os fenômenos especiais, perceptíveis à visão e à audição do Espírito, mas que escapam aos sentidos carnais, impressionáveis somente à matéria tangível; o meio onde se forma a luz peculiar ao mundo espiritual, diferente, pela causa e pelos efeitos, da luz ordinária; finalmente, o veículo do pensamento, como o ar o é do som.
Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não manipulando-os como os homens manipulam os gases, mas empregando o pensamento e a vontade.  Para os Espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o homem. Pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinadas; mudam-lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases ou de outros corpos combinando-os segundo certas leis. É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual.

 Devassando o Invisível
Ivonne A. Pereira

sábado, 21 de abril de 2012

Ser Médium.

A mediunidade é registro paranormal que se encontra ínsito na criatura humana, à semelhança da inteligência, da razão.
Todo indivíduo que conscientemente ou não, capta a presença de seres espirituais é portador de mediunidade, cabendo-lhe a tarefa de desdobrar os recursos parafísicos, através de conveniente educação, graças à qual se tornará instrumento responsável para o ministério superior a que a mesma se destina.
Inicialmente confundida com várias patologias, sejam de ordem mental ou orgânica, a mediunidade fez-se meio para demonstrar o equívoco em que teimavam permanecer os seus adversários gratuitos ou os investigadores apressados.
Caracterizando uma função sempre presente no homem em todas as épocas, só a partir de Allan Kardec passou a receber estudo profundo e consideração, vindo, então, a ocupar o lugar que lhe é devido, como ponte para o intercâmbio entre os espíritos de ambos os lados da vida com aqueles que se encontram mergulhados na mesma faixa das percepções psíquicas no corpo físico.
Espontânea, surge em qualquer idade, posição social, denominação religiosa ou cepticismo no qual se encontre o indivíduo.
Normalmente chama a atenção pelos fenômenos insólitos de que se faz portadora, produzindo efeitos físicos e intelectuais, bem como manifestações na área visual, auditiva, apresentando-se com gama variada conforme as diversas expressões intelectuais, materiais e subjetivas que se exteriorizam no dia-a-dia de todos os seres humanos.]
Direcionando a observação para as ocorrências inabituais que lhe sucedam, o médium descobre um imenso veio aurífero que, penetrado, brinda-o com gemas de inapreciável qualidade.
Assim como o mergulhador educa a respiração para descer nas águas profundas onde espera encontrar ostras raras, portadoras de pérolas incomuns, o médium tem o dever de disciplinar a mente, a fim de aprofundar-se no oceano íntimo e dali arrancar as preciosidades que se encontram engastadas na concha bivalve das aspirações morais e espirituais.
Às vezes, quando do aparecimento da mediunidade, surgem distúrbios vários, sejam na área orgânica, através de desequilíbrios e doenças, ou mediante inquietações emocionais e psiquiátricas, por debilidade da sua constituição fisiopsicológica.
Não é a mediunidade que gera o distúrbio no organismo, mas a ação fluídica dos espíritos que favorece a distonia ou não, de acordo com a qualidade de que este se reveste.
Por outro lado, quando a ação espiritual é salutar, uma aura de paz e de bem-estar envolve o medianeiro, auxiliando-o na preservação das forças que o nutrem e sustentam durante a existência física.
A educação ou desdobramento mediúnico objetiva ampliar o campo de realização paranormal, porquanto, através dos recursos próprios, tem a especial finalidade de instruir os homens, realizar a iluminação de consciências, facultar o ministério da caridade, pelas possibilidades que proporciona aos desencarnados em aflição de terem lenidos os sofrimentos, as mágoas, a ignorância...
A faculdade de ser médium, própria dos seres inteligentes, constitui um superior instrumento de serviço ao alcance de todos, dependendo de cada um atender-lhe a presença orgânica ou ignorá-la, apurando-lhe a sensibilidade ou perturbando-lhe o mister, deixando-a ao abandono, aí correndo riscos de ser utilizada por entidades perversas ou levianas que se encarregarão de perturbá-la, entorpecê-la ou torná-la meio de desequilíbrio para o próprio médium como para aqueles que o cercam.
Não é, portanto, o ser médium ou não, mas a conduta que este se aplique que atrairá mentes que se irradiam no mesmo campo de vibrações especiais.
Swedendorg, ao perceber a presença da mediunidade, cientista e culto, não tergiversou em estudar a faculdade e dedicar-se ao seu exercício, brindando a humanidade com valioso patrimônio de sabedoria, esperança e paz.
Edgar Cayce, constatando a manifestação mediúnica de que se tornou objeto, aplicou-se ao labor pertinente e auxiliou dezenas de milhares de pacientes que lhe buscaram o socorro...
Adolf Hitler, depois de freqüentar o Grupo Thule, de fenômenos mediúnicos, dirigido por Dietrich Eckhart, em Berlim, ensandeceu-se, e, fascinado, acreditou-se a “mão da Providência”, tornando-se destruidor de milhões de vidas e responsável por males incontáveis, que ainda permanecem na Terra...
A mediunidade, em si mesma, não é boa nem é má, antes, apresenta-se em caráter de neutralidade, ensejando ao homem utilizá-la conforme lhe aprouver, desse uso derivando os resultados que acompanharão o medianeiro até o momento final da sua etapa evolutiva no corpo.
Pelo Espírito de: Vianna de Carvalho
Médium: Divaldo P. Franco 
Livro:  Médiuns e Mediunidades
Site:  Luz do Espiritismo – Grupo Espírita Allan Kardec

Ser Melhor.


Jesus Cristo (287) “Para nos melhorarmos, outorgou-nos Deus, precisamente, o de que mais necessitamos e nos basta: a voz da consciência e as tendências instintivas. Priva-nos do que nos seria prejudicial.”
O Evangelho Segundo Espiritismo - Capítulo V – item 11
         Será muito útil à comunidade espírita um maior empenho em seus grupamentos no entendimento do tema reforma íntima. Apesar dos debates assíduos, observa-se ainda uma lacuna no apontamento de caminhos pelos quais se possa encetar um programa de melhoria pessoal. Mesmo sensibilizados para sua importância, pergunta-se: como fazer reforma íntima?
         O primeiro passo a mais amplos resultados nesse campo será possuir a noção bem clara do que seja essa proposta no terreno individual. Propomos então uma releitura de sua conceituação em favor da oxigenação de nossas idéias.
         Associa-lhe, comumente, a idéia de anulação de sentimentos, negação de impulsos ou eliminação de tendências; idéias que, se não forem sensatamente exploradas, poderão tecer uma vinculação mental ao absoleto bordão do “pecado original”, uma cultura diametralmente incoerente com a lógica espírita. Essa vinculação conduz-nos a priorizar a repressão como sistema de mudança, ou seja, a violentação do mundo íntimo, gerando um estado compulsivo de conflito e pressão psíquica, uma “tortura interior”. Esse sistema de inaceitação é caracterizado, quase sempre, pela ansiedade em aplacar sentimentos de culpa, uma fuga que declara a condição íntima de indignidade pelo fato de sentir, fazer ou pensar em desacordo com o que aprendemos nos lúcidos conteúdos  da Doutrina.
         A culpa não renova, limita. Não educa, contém.
         A culpa nasce no ato de avaliar o direito natural de errar como sendo um pecado que merece ser castigado, uma estrutura mental condicionada que carece de reeducação a fim de atingir o patamar de uma relação pacífica conosco mesmo.
         Reforma íntima não é ser contra nós. Não é reprimir e sim educar. Não é exterminar o mal em nós, e sim fortalecer o bem que está adormecido na consciência.
         A palavra educação, que vem do latim educere, significa tirar de dentro para fora. Renovar é extrair da alma os valores divinos que recebemos quando fomos criados.
         Educação é disciplina com consentimento íntimo, fruto de um acordo conosco celebrado em harmonia, bem distante dos quadros torturantes de neurose e severidade consigo.
         Claro que, para se educar é preciso controle, tendo em vista os hábitos que arregimentamos nas vidas sucessivas. Entretanto, muitos discípulos permanecem apenas nesse estágio, definindo seu crescimento espiritual pela quantidade de realizações a que se devota por fora, quando o crescimento pessoal só encontra medidas reais nos recessos do sentimento. Menos contenção e mais conscientização, eis a linha natural de aprender a “dar ouvido” aos alvitres do bem divino que retumbam qual eco de Deus na nossa intimidade.
         O conjunto dos ensinos espíritas é um roteiro completo para todos os perfis de necessidades no aperfeiçoamento da humanidade. Tomar todo esse conjunto como regras para absorção instantânea é demonstrar uma visão dogmática de crescimento, gerando aflições e temores, perfeccionismo e ansiedade, que são desnecessários no aproveitamento das oportunidades.
         Reforma íntima é ser melhor hoje em relação ao ontem, e jamais deixar arrefecer o desejo de ser um tanto melhor amanhã em relação ao hoje. Basta-nos aprender a ouvir a consciência e a estudar nossos instintos. Reforma é um trabalho processual. A esse respeito, assim se pronuncia a Equipe Verdade:
“Conhece bem pouco os homens quem imagine que uma causa qualquer os possa transformar como que por encanto. As idéias só pouco a pouco se modificam, conforme os indivíduos, e preciso é que algumas gerações se passem, para que se apaguem totalmente os vestígios dos velhos hábitos. A transformação, pois, somente com o tempo, gradual e progressivamente, se pode operar” (Livro dos Espíritos –questão 800)
         Se conseguirmos assimilar essa definição na rotina dos dias, certamente estaremos nos beneficiando amplamente por entendermos que ninguém pode fazer mais que o suportável, sendo inútil acumular sofrimentos para manter metas não alcançáveis por agora. Exigir de si mais que o possível é dar espaço para tornarmo-nos ansiosos ou desanimados. Valorizemos com otimismo e aceitação o que temos condição de fazer para ser melhor, mas jamais deixemos de aferir sinceramente, em nosso próprio favor, se não estamos sob o fascínio do desculpismo e da fuga, e procuremos a cada dia fazer algo mais pelo bem de nós próprios e do próximo.
Reforma Íntima Sem Martírio, As Dores Psicológicas do Crescimento Interior.
Pelo Espírito Ermance Dufaux
Site:  Luz do Espiritismo – Grupo Espírita Allan kardec

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Os três mil dias.


"Os três mil dias".
Emmanuel, no livro "Religião dos Espíritos" nos ensina, no capitulo que trata de "Esquecimento e Reencarnação" onde analisa a questão LE 392, que para iniciar uma nova existência, a criatura recebe implementos cerebrais totalmente novos, " no domínio das energias físicas, e para que se lhe adormeça a memória, funciona a hipinose natural como recurso básico". Muitas vezes, dorme em pesada letargia, muito tempo antes de acolher-se ao abrigo materno. Na melhor das hipóteses, quando desfruta grande atividade mental nas esferas superiores, só é compelida ao sono, relativamente profundo, enquanto perdure a vida fetal. Em ambos os casos, há prostração psíquica nos primeiros sete anos de tenra instrumentação fisiológica dos encarnados, tempo em que se lhes reaviva a experiência terrestre.
Temos, assim, mais ou menos três mil dias de sono induzido ou hipnose terapêutica, a estabelecerem enormes alterações nos veículos de exteriorização do Espírito, as quais, acrescidas às consequências dos fenômenos naturais de restringimento do corpo espiritual, no refúgio uterino, motivam o entorpecimento das recordações do passado, para que se alivie a mente na direção de novas conquistas. E, como todo esse tempo é ocupado em prover-se a criança de novos conceitos e pensamentos acerca de si própria, é compreensível que toda criatura sobrenade na adolescência, como alguém que fosse longamente hipnotizado para fins edificantes, acordando, gradativamente, na situação transformada em que a vida lhe propõe a continuidade do serviço devido à regeneração ou à evolução clara e simples.
E isso, na essência, é o que verdadeiramente acontece, porque, pouco a pouco, o Espírito reencarnado retoma a herança de si mesmo, na estrutura psicológica do destino, reavendo o patrimônio das realizações e das dívidas que acumulou, a se lhe regravarem no ser, em forma de tendências inatas, e reencontrando as pessoas e as circunstâncias, as simpatias e as aversões, as vantagens e as dificuldades, com as quais se ache afinizado ou comprometido.
Transfigurou-se, então, a ribalta, mas a peça continua.
A moldura social ou doméstica, muitas vezes, é diferente, mas, no quadro do trabalho e da luta, a consciência é a mesma, com a obrigação de aprimorar-se, ante a bênção de Deus, para a luz da imortalidade.
Do cap. 45 do livro Religião dos Espíritos, de Emmanuel, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

Existência de Deus.


Existência de Deus
Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que, certa vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou:
- Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?
O crente fiel respondeu:
- Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele.
- Como assim? - indagou o chefe, admirado.
O servo humilde explicou-se:
- Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?
- Pela letra.
- Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se informa quanto ao autor dela?
- Pela marca do ourives.
- O empregado sorriu e acrescentou:
- Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi?
- Pelos rastos - respondeu o chefe, surpreendido.
Então, o velho crente convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a Lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso:
- Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem ser dos homens!
Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também.
* * *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso.
Ditado pelo Espírito Meimei.
19a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

DIGNIFIQUE SUA PALAVRA

DIGNIFIQUE SUA PALAVRA
(...) porque da abundância do seu
coração fala a boca.  - LUCAS, 6:45

CASO NÃO CONSIGA UMA PALAVRA DIGNIFICANTE ante as falas levianas, evite, pelo menos, engrossar a fileira dos que caíram na ação de denegrir e maldizer.
Suas palavras são o retrato de suas qualidades e imperfeições, por elas você é conhecido onde estiver.
Melhore a disciplina de seu mundo íntimo para que em todos os lugares e em toda a parte sua boca fale daquilo que o coração enriquecido no amor nutre pelo bem.
Examine os sentimentos que orientam sua fala e conhecerá as raízes dos deslizes verbais que, quase sempre, são expressões enfermiças da inveja, da ambição, da irritação e do personalismo.
Quem derrapa na palavra aciona um sombrio mecanismo íntimo contra si mesmo.
Enalteça a vida e o próximo e perceberá em si mesmo os reflexos salutares da alegria e da entrega refazedora.
Quando o coração se educa nos roteiros do bem e da virtude, a boca se transforma em um sublime canal de maravilhas e criações, elevando o padrão energético e protegendo a criatura no halo restaurador do descanso e da saúde, da força e da serenidade.
Fonte: do livro LIÇÕES PARA O AUTOAMOR, pelo Espírito Ermance Dufaux, pelo médium Wanderley Oliveira, Editora Dufaux, 2010.

A luz que há em você.

A LUZ QUE HÁ EM VOCÊ
Vê, pois, que a luz que há em ti há
não seja trevas. - LUCAS, 11:35

AINDA QUE SUAS SOMBRAS INTERIORES DESPERTEM o desânimo, persevere.
Mesmo que seus sentimentos conspirem contra seu esforço pessoal, avance.
Se as forças opositoras o envolverem no pessimismo, esforce-se um pouco mais.
Quando todos os obstáculos do caminho lhe parecem intransponíveis, pare um pouco, pense em Deus e prossiga.
Somente trabalhando e se esforçando na transformação de seus impulsos de paralisia e derrotismo descobrirá dentro de si mesmo os potenciais luminosos que serão as chaves libertadoras dos grilhões das imperfeições que você carrega e dos problemas que ainda amontoa.
Sombra é ausência de luz. Acendendo o clarão, ela bate em retirada.
Quando estiver a ponto de desistir, recorde que esse é o momento mais precioso de seus testemunhos.
A resistência, quando colocada à prova, significa aferição com o intuito de promover a criatura a aprendizados mais avançados nas lições do aprimoramento espiritual.
Tenha cuidado de si mesmo nessa hora, para que a abençoada ocasião de aprender não passe sem que você retire dela o melhor que puder.
Transforme a treva com a luz que há em você.
Guarde a certeza de que jamais se sentirá desamparado se resolver acreditar no seu guia interior, pleno de luminosidade e pronto a orientá-lo na direção da harmonia.
Fonte: do livro LIÇÕES PARA O AUTOAMOR, pelo Espirito Ermance Dufaux, pelo médium Wanderley Oliveira, Editora Dufaux, 2010.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A Fé e a Esperança.


A Fé e a Esperança
A fé e a esperança são amigas inseparáveis. Poderíamos dizer que a fé está para a esperança como o Sol está para a Lua.
A Lua não tem luz própria: reflete aquela que recebe do Sol. Daí porque a Lua difunde raios pálidos e isentos de calor, enquanto o Sol espalha raios intensos e fúlgidos que, além de iluminar, aquecem e vivificam.
O Sol é a própria luz; a Lua não é, reflete a luz recebida. Assim, a fé é como o Sol. É força comunicativa que se irradia do coração de quem a tem e se reflete no coração de outrem gerando neste a esperança.
Jesus tinha fé. Seus discípulos tinham a esperança gerada pela fé exemplificada de seu Mestre.
Assim também os corações que se aproximam de Jesus e estabelecem com Ele certa comunhão, iluminam-se com a luz patente do Seu imaculado rito'>espírito.
A Lua clareia os caminhos em noites escuras tal qual a esperança nos sustenta nas horas de trevas.
O Sol ilumina e fecunda a estrada da vida, como a fé fortalece as fibras íntimas da alma, robustecendo-a na caminhada para Deus.
O Sol é energia: movimenta, vivifica, ativa e produz.
A luz amortecida da Lua mostra os obstáculos; a luz brilhante e vívida do Sol distingue e remove os tropeços dos caminhos da vida.
A esperança faz nascer no coração do homem as boas e nobres aspirações; só a fé, porém, as realiza.
A esperança sugere, a fé concretiza.
A esperança desperta nos corações o anseio de possuir luz própria, conduzindo, portanto, as criaturas à fé.
Quem alimenta a esperança está, invariavelmente, sob o impulso da fé que lhe vem de alguém. A força da fé é eminentemente conquistadora.
Quem admira os exemplos e os feitos edificantes, põe-se, desde logo, em harmonia com o poder de quem os realizou. Este, projeta naqueles suas influências benfazejas: é o Sol fazendo a Lua refletir a sua luz, ou seja, a fé gerando a esperança.
Saulo de Tarso, doutor da lei e membro do sinédrio, após conhecer e absorver os ensinos do Sublime Carpinteiro de Nazaré, passou a refletir com fidelidade as verdades da Boa Nova. Contagiado pela fé dos discípulos singelos do Meigo Rabi, chamados homens do caminho, dispõe-se a reformular sua vida, passando de perseguidor a defensor ardoroso das idéias cristãs, convertendo-se no grande pregador Paulo, também chamado Apóstolo do gentios.
Foi refletindo a fé do Cristo que os primeiros cristãos se entregaram ao martírio de cabeça erguida e serenidade no olhar.
Bem-vinda seja a esperança! Bendita seja a fé!
Uma e outra espancam as trevas interiores.
Que seria da alma encarcerada na carne se não houvesse fé, nem esperança?
Pense nisso!
Se é doce ter esperança, é valor e virilidade ter fé.
Enquanto a esperança suaviza o sofrimento, a fé neutraliza seus efeitos depressivos.
Se a esperança nos sustenta nas lutas deste século, a fé nos assegura desde já a vitória da vida sobre a morte.

Momento Espírita

Não Forçais Ninguém

                                  “O Espiritismo se dirige aos que não crêem ou que duvidam, e não aos que têm fé e a quem essa fé é suficiente; 

ele não diz a ninguém que renuncie às suas crenças para adotar as nossas, e nisto é conseqüente com os princípios de tolerância e de liberdade de consciência que professa. 

Por esse motivo não poderíamos aprovar as tentativas feitas por certas pessoas para converter às nossas idéias o clero, de qualquer comunhão que seja. 

Repetiremos, pois, a todos os espíritas: acolhei com solicitude os homens de boa vontade; oferecei a luz aos que a procuram, porque com os que creem não sereis bem-sucedidos; 

não façais violência à fé de ninguém, muito mais quanto ao clero que aos seculares, porque semeareis em campos áridos; 

ponde a luz em evidência, para que a vejam os que quiserem ver; 

mostrai os frutos da árvore e deles dai de comer aos que têm fome e não aos que se dizem saciados.”

Estes conselhos, como todos os de Allan Kardec, são claros, simples e sobretudo práticos; cumpre que deles nos recordemos e os aproveitemos oportunamente.


Fonte: Livro – O que é o Espiritismo (Allan Kardec)

Você.....

                            A sua irritação não solucionará problema algum...
As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas...
Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar.
O seu mau humor não modifica a vida...
A sua dor não impedirá que o sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus...
A sua tristeza não iluminará os caminhos...
O seu desânimo não edificará ninguém...
As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade...
As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você...
Não estrague o seu dia.
Aprenda a sabedoria divina,
A desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre...
Para o infinito bem!
Chico Xavier

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Espiritos Obsessores

                                                            Para o espiritismo não existem médiuns “possuídos” por espíritos, mas sim
a influência de espíritos obsessores simples, fascinados e subjugados
Allan Kardec assim orienta: a obsessão é uma influência de um espírito desencarnado, malévolo, sobre um encarnado que pode ocorrer também entre encarnado para encarnado e encarnado para desencarnado. A faculdade mediúnica é para os obsessores apenas um meio de se manifestarem; na sua falta, tentarão outras maneiras para perturbarem. Eles conseguem exercer influência sobre certas pessoas e podem se prender àqueles com que têm forma de pensar semelhante naquele momento da sua vida.
Existem médiuns que são perseguidos e passam a agir de maneira grosseira e até obscena, ficam alheios a qualquer raciocínio; quando criticados se melindram e fazem teimar com aqueles que não partilham da sua atenção. De acordo com a doutrina espírita, devemos repelir o obsessor da mesma maneira que fechamos nossa casa aos importunos.
Mesmo as melhores pessoas podem em algum momento ter problemas com os obsessores, mas não há pior cego do que aquele que não quer ver, e ninguém pode curar um doente que se obstina em conservar sua doença e nela se compraz. Em trinta anos de exercício mediúnico (umbanda, candomblé e espiritismo), afirmo que a grande maioria dos obssediados está semi-inconsciente (98%) enquanto que poucos ficam inconscientes (2%) ou seja, apesar da ação inoportuna existe a consciência do que está ocorrendo.
Porém, não é proibindo alguém de frequentar um centro espiritual que irá cessar o problema, ao contrário: ele deve entender que é o único responsável para obter o poder de resistir, o que é evidentemente mais fácil do que lutar contra sua própria natureza mediúnica.
Para o espiritismo não existem médiuns “possuídos” por espíritos, mas sim a influência de espíritos obsessores simples, fascinados e subjugados.
Obsessores simples
O médium sabe que está sob a má influência, pois tudo o que fala tem a intenção de criar obstáculos a todo tipo de comunicação. Nesta categoria podemos citar a obsessão física, que consiste nas manifestações ruidosas e obstinadas de certos espíritos através de pancadas ou outros ruídos.
Obsessores fascinados
Produzem uma ilusão sobre o pensamento do médium que paralisa de algum modo sua capacidade de julgar seus atos. É um erro acreditar que esse tipo de obsessão pode atingir somente as pessoas simples; os mais inteligentes não estão isentos disso. A sua tática é quase sempre inspirar o médium a se distanciar de todo aquele que possa lhe abrir os olhos. Assim, evitando a contradição, estão certos de ter sempre a razão.
Obsessores subjugados
Paralisam a vontade do médium e o faz agir fora da sua normalidade. Está, numa palavra, sob um verdadeiro jugo. A obsessão corporal muitas vezes tira do médium a energia necessária para dominá-lo – é preciso a intervenção de uma segunda pessoa que, agindo com sua superioridade moral, se impõe aos espíritos.
Como evitar os obsessores?
Você já deve ter conhecido pessoas que só reclamam. Neste caso, o espiritismo orienta que devemos destruir esse domínio, colocando-se em guarda com seu anjo, a ponto de a ação do obsessor sucumbir.
Por melhor que seja o caráter de alguém, os motivos da obsessão variam, mas sua única intenção é o desejo de fazer o mal; como sofrem, querem fazer os outros sofrerem; sentem prazer em atormentar o médium e os mais próximos. Esses espíritos agem por ódio e inveja do bem; é por isso que atormentam as pessoas mais honestas.
Dois fatores se mostram essenciais: provar ao obsessor que é impossível enganar o médium e cansar-lhe a paciência ao se mostrar mais paciente do que ele. Quando ele estiver convencido de que perde seu tempo, acabará por se retirar, como fazem os importunos a quem não damos ouvidos.
O médium deve fazer um apelo fervoroso ao seu anjo protetor (quando médiuns experientes o orientam, o obsediado diz que já rezou, porém não o fez) e tratá-lo com firmeza, orando em nome de Deus, Jesus e seu anjo da guarda. O problema é que, muitas vezes, essa é a única maneira que o médium tem de expor seu desagravo diante uma situação.
Como saber se o médium está obsediado?
- O propósito é o de constrangimento
- Chocam o bom senso
- Persistência na comunicação (escrita, audição ou visual)
- Crença na infalibilidade da sua comunicação
- Ele se afasta das pessoas que podem lhe fazer advertências úteis
- Age ou fala contra sua vontade
- Ruídos e desordens acontecem ao seu redor.
Conselhos gerais:
Não existe nenhum procedimento material, nenhuma fórmula e, principalmente, palavras sacramentais que tenham o poder de afastar os obsessores. O que não pode faltar ao médium é força de vontade suficiente para tomar uma atitude. Não se pode atribuir à ação direta dos maus espíritos todo dissabor que esteja acontecendo na sua vida. Muitas vezes, os problemas são a consequência da negligência ou da imprevidência.
Também sabemos que 35% da população mundial têm experiências místicas e a medicina aceita estes fenômenos, mas não se pode descartar a possibilidade de problemas psicológicos ou psiquiátricos, onde tudo deve ser averiguado
(Blog Espirita)

Piedade



PIEDADE

Piedade, na maior parte dos modos com que nos acostumamos a cultivá-la, exige revisão.

Usamo-la, por vezes, como se desenrolássemos a frase em forma de chibata, vergastando a quem nos aguarda o consolo ou qual se entregássemos a moeda beneficente aquecida em ponto de brasa, queimando as mãos que a recebem.

"Graças a Deus, nunca sofri penúria", dizemos, de escantilhão, a companheiros que esmolam socorro material, dando a entender que Deus lhes seria perseguidor e não Pai.

"Dou sempre o que posso, embora saiba que há malandros em toda parte", proclamamos com altivez diante do irmão que nos solicita o concurso, esquecidos de que assim falando estamos a situá-lo nos meandros de vadiagem.

Visitamos uma viúva e perguntamos de chofre se o marido desencarnado lhe deixou montepio, indiferentes à dor da mulher que se vê solitária, aspirando recolher palavras de fé ao invés de comentários sobre dinheiro.

Em algumas ocasiões, ingressamos num hospital a título de fazer assistência e levamos lenço ao nariz ou recuamos perante o doente que a enfermidade carcome, sem considerar a posição vexatória com que lhe rebaixamos os sentimentos.

Piedade não é alguém supor reconfortar a outro alguém, ilhando-se em virtude hipotética.

Em muitos casos, a compaixão que deitamos assemelha-se à soda cáustica: branca na aplicação e corrosiva no efeito.

A golpes de orgulho, presumimos animar e desencorajamos, cremos suprir dificuldades e agravamos problemas, por ausência de tato e delicadeza.

Piedade é caridade e caridade é amor.

O amor coloca-se na posição dos que sofrem para servir.

Imaginemo-nos na luta dos outros e reflitamos na maneira ideal com que estimaríamos recolher-lhes o auxílio.

Não raro, os que se encontram nas sombras da provação não mais precisam de nossas dádivas, nem de nossas meras palavras; esperam tão-somente por nosso coração com a ansiedade e o enternecimento de quem aguarda uma luz...

Livro: Sol na Alma, Médium: Chico Xavier, Espírito: André Luiz

domingo, 15 de abril de 2012

Sê sábio, investindo no futuro.


Sê sábio, investindo no futuro.
O que ora te acontece, resulta do passado que não podes remediar.
Mas, aquilo que irá suceder, depende do que realizes a partir de hoje.
Enquanto recolhes efeitos de acções passadas, estás actuando para consequên­cias futuras.
Conforme semeares, assim colherás.
A tua fatalidade é o bem. Como atingi-lo, será opção tua, mediante acção rápida ou retardada e contra-marchas.
Ninguém está fadado ao sofrimento. Este é o resultado da escolha errada.
Investe no amanhã e serás feliz desde hoje.
Joanna deÂngelis
In "Vida Feliz", psicografia de Divaldo Pereira Franco

Animais no Plano espiritual



Animais no Plano Espiritual
Muito mais do que supomos, os animais são assistidos em seu desencarne por espíritos zoófilos que os recebem no plano espiritual e cuidam deles.
Notícias pela Folha Espírita (Dez. 1992) nos dão conta de que Konrad Lorenz - zoólogo e sociólogo austríaco, nascido em 1903 - o pai da Etologia (ciência do comportamento animal, que enfoca também aspectos do comportamento humano a ele eventualmente vinculados), continua trabalhando, no plano espiritual, recebendo com carinho e atenção, animais desencarnados.
Também temos informações que nos foram transmitidas, pelo espíritoÁlvaro, de que há vários tipos de atendimento para os animais desencarnados, dependendo da situação, especialmente para os casos de morte brusca ou violenta, possibilitando melhor recuperação de seu perispírito. Existem ainda instalações e construções adequadas para o atendimento das diferentes necessidades, onde os animais são tratados.
Tendo sido perguntado se os animais têm “anjo da guarda”, Álvaro respondeu que sim; alguns espíritos cuidam de grupos de animais e, à medida que eles vão evoluindo, o atendimento vai tendendo à individualização.
Quanto ao reencarne dos animais, perguntou-se ao espírito Álvaro se os animais estabelecem laços duradouros entre si. “Sim, existe uma atração entre os animais, tanto naqueles que formam grupos como naqueles que reencarnam domesticados. Procuramos colocar juntos espíritos que já conviveram, o que facilita o aparecimento e a elaboração de sentimentos”.
E qual é a finalidade da reencarnação para os animais? Conforme os espíritos da codificação, a finalidade é sempre a da oportunidade de progresso.
Por: Dra. Irvênia Prada (Méd. Veterinária)
Extraído do livro: “A questão espiritual dos animais”
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“O animal caminha para a condição de homem, tanto quanto o homem evolui no encalço do anjo.”
(Emmanuel, na obra 'Alvorada do Reino' - Psicografia: Chico Xavier)
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“(...) E como o objetivo desta palestra é o estudo dos animais, nossos irmãos inferiores, sinto-me à vontade para declarar que todos nós já nos debatemos no seu acanhado círculo evolutivo. São eles nossos parentes próximos, apesar da teimosia de quantos persistem em o não reconhecer. (...) Recebei como obrigação sagrada o dever de amparar os animais na escala progressiva de suas posições variadas no planeta. Estendei até eles a vossa concepção de solidariedade e o vosso coração compreenderá, mais profundamente, os grandes segredos da evolução, entendendo os maravilhosos e doces mistérios da vida.”
(Emmanuel, na obra 'Emmanuel' (FEB, 1983) - Cap. XVII - Psicografia: Chico Xavier)
Fonte : Espíritas de Santos Divulgação da Doutrina Espírita

Apelo em Favor dos Animais



Apelo em Favor dos Animais

Vós que vedes luzes nestas letras, que traçam a estrada da Evolução Espiritual, e não vos achais mais escravizados pelo “gênio do mundo”, à erva que seduz, às flores que encantam, tende compaixão dos pobres animais, não os espanqueis, não os maltrateis, não os repudieis!
Lembrai-vos, amigos meus, que o Pai, em sua infinita misericórdia, cerca-os de carinhos, e, prevendo a deficiência de seus Espíritos infantis, lhes dá fartas colheitas sem a condição de que semeiem ou plantem: pratos cobertos de ervas e flores odorosas, bosques sombrios, planícies e planaltos, onde não faltam os frutos da vida; rios, lagos e mares, por onde se escoam os raios do Sol, a luz da Lua, o brilho das estrelas!
Sede bons para com os vossos irmãos inferiores, como desejais que o Pai celestial vos cerque de carinho e de amor!
Não encerreis em gaiolas os pássaros que Deus criou para povoarem os ares, nem armeis ciladas aos animais que habitam as matas e os campos!
Renunciai às caçadas, diversão vil das almas baixas, que se alegram com os estertores das dores alheias, sem pensar que poderão também ter dores angustiosas, e que, nesses momentos, em vez de risos e alegria, precisarão do bálsamo e misericórdia!
Homens! Tratai bem os vossos animais, limpai-os, curai-os, alimentai-os fartamente, dai-lhes descanso, folga no serviço, porque são eles que vos ajudam na vida, são eles que vos auxiliam na manutenção da vossa família, na criação de vossos filhos!
Senhores! Acariciai os vossos ginetes, os vossos cães, dai-lhes remédio na enfermidade, tratamento, liberdade e repouso na velhice!
Carroceiros! Não sobrecarregueis os vossos burros e os vossos cavalos como fazem com os homens os escribas e fariseus: impondo-lhes pesados fardos que eles, nem com a ponta do dedo os querem tocar!
Lembrai-vos que os animais são seres vivos, que sentem, que se cansam, que têm força limitada, e, finalmente, que pensam, e que, em limitada linguagem, acusam a sua impotência, a sua fadiga irreparável aos golpes do relho e das bastonadas com que os oprimis!
Sede benevolentes, porque também em comparação aos Espíritos Divinos, de quem implorais luz e benevolência, sois asnos sujeitos à ação reflexa do bem e do mal!
Senhores e matronas! Moços, moças e crianças! Os animais domésticos são vossos companheiros de existência terrestre; como vós, eles vieram progredir, estudar, aprender! Sede seus anjos tutelares, e não anjos diabólicos e maléficos, a cercá-los de tormentos, a infringir-lhes sofrimentos!
Sede benevolentes para com os seres inferiores, como é benevolente, para com todos, o nosso Pai que está nos Céus!

Caibar Schutel

Aflição Vazia



Aflição Vazia

Ante as dificuldades do cotidiano, exerçamos a paciência, não apenas em auxílio aos outros, mas igualmente a favor de nós mesmos.
Desejamos referir-nos, sobretudo, ao sofrimento inútil da tensão mental que nos inclina à enfermidade e nos aniquila valiosas oportunidades de serviço.
No passado e no presente, instrutores do espírito e médicos do corpo combatem a ansiedade como sendo um dos piores corrosivos da alma. De nossa parte, é justo colaboremos com eles, a benefício próprio, imunizando-nos contra essa nuvem da imaginação que nos atormenta sem proveito, ameaçando-nos a organização emotiva.
Aceitemos a hora difícil com a paz do aluno honesto, que deu o melhor de si, no estudo da lição, de modo a comparecer diante da prova, evidenciando consciência tranquila.
Se o nosso caminho tem as marcas do dever cumprido, a inquietação nos visita a casa íntima na condição do malfeitor decidido a subvertê-la ou dilapidá-la; e assim como é forçoso defender a atmosfera do lar contra a invasão de agentes destrutivos, é indispensável policiar o âmbito de nossos pensamentos, assegurando-lhes a serenidade necessária...
Tensão à face de possíveis acontecimentos lamentáveis é facilitar-lhes a eclosão, de vez que a ideia voltada para o mal é contribuição para que o mal aconteça; e tensão à frente de sucessos menos felizes é dificultar a ação regenerativa do bem, necessário ao reajuste das energias que desastres ou erros hajam desperdiçado.
Analisemos desapaixonadamente os prejuízos que as nossas preocupações injustificáveis causam aos outros e a nós mesmos, e evitemos semelhante desgaste empregando em trabalho nobilitante os minutos ou as horas que, muita vez, inadvertidamente, reservamos à aflição vazia.
Lembremo-nos de que as Leis Divinas, através dos processos de ação visível e invisível da natureza, a todos nos tratam em bases de equilíbrio, entregando-nos a elas, entre as necessidade do aperfeiçoamento e os desafios do progresso, com a lógica de quem sabe que tensão não substitui esforço construtivo, ante os problemas naturais do caminho. E façamos isso, não apenas por amor aos que nos cercam, mas também a fim de proteger-nos contra a hora da ansiedade que nasce e cresce de nossa invigilância para asfixiar-nos a alma ou arrasar-nos o tempo sem qualquer razão de ser.

Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier